RÁDIOS
Mato Grosso do Sul, 25 de abril

Tudo sobre o segundo dia de SPFW N41

Apresentações inusitadas e a chegada de duas novas marcas ao line-up marcaram os eventos

Por Mdemulher
27/04/2016 • 10h16
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O segundo dia de São Paulo Fashion Week N41 começou cedo. Às 10h da manhã, a tropa de fashionistas já estava pronta para assistir ao desfile intimista de Paula Raia.

A apresentação da estilista conhecida pelo seu esmero em trabalhos artesanais, aconteceu em sua própria casa como de costume. Desta vez, o tempo - conceito abstrato para transformar em uma coleção de roupas - era o tema que norteava suas criações.

Para fazer essa tradução do plano das ideias para a moda, Raia se deixou levar por dois outros termos adjacentes: a acumulação e o desgaste, ambos consequências naturais da passagem do tempo. Em suas peças, portanto, apareciam sobreposições de camadas de tecido em babados que formavam diferentes volumes além de barras puídas, acabamentos queimados, entre outros artifícios.

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De olho no novo

Depois de um desfile que remontava o estilo couture de se mostrar as propostas para uma temporada, a multidão fashion se teletransportou para o futuro na Osklen. High-tech, a grife deciciu apresentar as suas roupas de uma maneira menos convencional. Na loja da marca, as modelos foram substituídas por araras e tablets.

A coleção no entanto, não falava exatamente de futurismo, mas não deixava de tocar no tópico da utopia. Oskar Metsavath - estilista e empresário à frente da marca - se dedicou a criar o figurino ideal para uma estadia eterna na ilha dos seus sonhos. Pense em reinvenções do uniforme de surf além de peças fluidas perfeitas para um verão interminável.

Debutantes & viajantes

Em seguida, ainda nada de Bienal - o giro pela cidade continua na Casa Jereissati, onde a estreante VIX debutou a sua primeira coleção no SPFW. Assim como a Osklen, a marca aproveitou a sua chegada para fazer uma apresentação em moldes fora da caixinha. No lugar de um desfile tradicional, as modelos entravam em grupos em uma sala vestindo as peças de beachwear da etiqueta.

O intuito de Paula Hermanny - designer responsável pelo estilo da grife que já é um sucesso internacional - era o de mostrar que suas propostas vão para além da areia. Missão cumprida. Com os olhos voltados ao sul da Ásia, um de seus destinos preferidos, a estilista criou uma série de peças que se cruzam entre o asfalto e a beira-mar com tranquilidade. Caftãs, macaquinhos, maiôs e outros itens superflexíveis estavam por entre as apostas dela.

Outra marca que estreou hoje no evento foi a A.brand. Em seu desfile, a etiqueta foi para o Havaí na hora de encontrar uma fonte de inspiração. Não à toa, estampas de hibiscos e com vibe praiana entraram em cena. Além disso, os shapes eram mais quadrados - quase como daqueles turistas norte-americanos meio sem noção; um toque inusitado de ironia. Uma série de lookstons pastel também fizeram parte do show.

Diga-se de passagem, Juliana Jabour - que fez uma coleção também pensada em um destino (no caso, a Califórnia) - também investiu no mesmo pantone para algumas de suas produções sporty.

Venha bem quente...

Quanto às tendências, ainda é muito cedo para apontar caminhos muito concretos. No entanto, as cores quentes - laranjas, amarelos, vermelhos e magentas - apareceram com mais veemência nesse segundo dia. Aliás, as versões mais "queimadas" dessa cartela é que ganham mais força.

Os tricôs e bandagens de Lolitta ganhavam bossa devido ao uso dos tons impactantes, assim como muitas das peças apresentadas na VIX. Fique de olho, o terracota é o tom mais badalado até então.

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