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Três Lagoas, 27 de abril

Marisa Rocha usa tribuna para negar crime e faz acusações à imprensa

Parlamentar do PSB nega crime que rendeu condenação à perda do mandato

Por Valdecir Cremon
06/02/2018 • 11h30
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Três semanas após a divulgação, pela Justiça, de uma condenação ao pagamento de multa de R$ 3 mil por esconder um foragido, condenado por porte ilegal de arma, em uma propriedade rural de sua família, a vereadora Marisa Rocha (PSB), de Três Lagoas, falou publicamente hoje pela primeira vez sobre o caso. Ela negou o crime e acusou a imprensa por denegrir sua imagem pública. 

"Isso a imprensa não divulgou", afirmou Marisa ao citar que dois suspeitos - um deles, foragido - detidos em seu sítio, "não tinham nada a ver com a droga", em referência à apreensão pela polícia de quase 200 quilos de maconha, em abril de 2013. 

No desdobramento da apreensão, a polícia descobriu que o foragido era contratado para trabalhar no sítio como caseiro. Não houve comprovação do envolvimento da vereadora no caso da droga. 

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"A imprensa não divulgou corretamente e, muitas vezes (sic), distorceu os fatos. Muitas 'imprensa' caluniam", afirmou Marisa Rocha em discurso sem citar nomes, na primeira sessão do ano, na Câmara da cidade, nesta terça-feira (6). A vereadora foi procurada pela reportagem, diversas vezes, e não quis dar entrevista.

"Eu sei que o Estado é laico, que não tem religião. Mas, eu não sou. Porque eu tenho um Deus que me protege", afirmou à uma plateia formada, principalmente, por representantes de igrejas evangélicas da cidade.

No discurso, aplaudida principalmente por parentes e assessors no plateia, a vereadora acrescentou trecho de citações com o nome do apresentador de televisão, Silvio Santos, sobre "derrotas e vitórias", e finalizou com o chavão "o mal vence o bem".

Marisa disse, também, que recolheu a multa e que conseguiu uma liminar na 1ª Turma do Juizado Especial de Campo Grande para manter-se no cargo. Não há prazo para julgamento da decisão provisória. Em comunicado à Câmara, no final de janeiro, a juíza Janine Rodrigues de Oliveira Trindade, da 1ª Vara de Juizado Especial Cível e Criminal, informou que a multa não havia sido recolhida.

A multa é resultado da conversão de uma pena de um mês de prisão em regime fechado.

*Reportagem atualizada às 12h03 (MS) para acréscimo de informações.

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